Ontem e Hoje

A T E N Ç Ã O: ESTE BLOG É ESCRITO POR MIM, ISMAEL CIRILO, 87 ANOS. PODEM ME CHAMAR DE SOIÉ. (ONTEM E HOJE está sendo publicado na conta de meu filho Cláudio, por isso o perfil dele é que está aparecendo. Coisas do Blogger Beta!).

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Alguém que sempre quer saber mais: inquieto, crítico, curioso.

sábado, fevereiro 25, 2006

Oi, Cláudio!
hoje é seu aniversário, momento especial para renovação
de sua alma e seu espírito
porque DEUS, na sua infinita sabedoria,
deu à natureza a capacidade de desabrochar em cada nova estação
e a nós, também, a possibilidade de recomeçar a cada ano.

Essa é mais uma prova da centelha divina em nossas vidas.
Hoje é o seu aniversário e, mais uma vez,
quero lhe desejar um ano de vida cheio de AMOR e alegrias.

Afinal, fazer aniversário é ter chance de fazer novos amigos,
ajudar mais pessoas,
aprender e ensinar novas lições,
vivenciar novas dores e suportar velhos problemas,
sorrir novos motivos e chorar outros porquês,
amar novos próximos e dar mais amparo,
rezar mais preces
e agradecer a DEUS mais vezes.

Fazer aniversário é amadurecer um pouco mais
e olhar a vida como uma dádiva de DEUS
e ser grato, reconhecido, forte, destemido como você é...
é ser rima, é ser verso,
é ver DEUS no universo.

Parabéns pra você nesse dia tão grandioso!

Que DEUS ilumine sempre o seu caminho
e seu renascer.

Prezado filho Cláudio,
neste dia 25/02/06, receba nossas bênçãos.

Ismael e Aparecida.

domingo, fevereiro 12, 2006

Terapia do perdão

Você certamente já leu no Novo Testamento que Jesus ordena que não odeie ninguém e que perdoe sempre, certo?
Achei muito interessante um artigo que li no jornal Novo Tempo, daqui de minha cidade, Nova Era. Falava sobre uma descoberta científica. Para mim foi novidade:
Como a Ciência pode falar sobre ódio e perdão?

Li na reportatem que uma pesquisadora da Universidade de Carolina do Norte (EUA), Janice Williams, conduziu uma pesquisa que descobriu que as pessoas que têm uma grande tendência a ficar com raiva apresentam o risco de ter um ataque cardíaco 3 vezes mais do que as pessoas mais calmas.

Como chegou a essa descoberta?

Durante seis anos, foram acompanhadas 13 mil pessoas adultas, entrevistadas antes que tivessem ataques cardíacos, para descartar que a raiva fosse ocasionada pelo ataque.
As pessoas foram classificadas em níveis de alta, média e baixa disposição à raiva. Entre aqueles que tiveram problemas cardíacos ou enfarto, os de alta tendência à raiva foram 2,69 vezes mais afetados que os de baixa tendência.

Deduziu-se que a raiva, assim como alto colesterol, hipertensão, fumo e obesidade, também é um fator de risco cardíaco.

Já outra pesquisadora, Kathleen Lawler, da Universidade do Tenessee (EUA), demonstrou, pela primeira vez, que a pressão pode abaixar depois que um hipertenso perdoa.
"Perdoar alivia os sintomas físicos", concluiu.

Curioso é que os homens perdoam mais facilmente que as mulheres. Estas pagam um preço: têm hipertensão quando magoadas e ressentidas.

Assim como Jesus nos orienta a perdoar, os cientistas aconselham o exercício do perdão consciente.
"Perdoar é uma sábia decisão", pensei comigo.

Mas como fazer para conseguir isso? O artigo dá as seguinte dicas:

  • Primeiro: não reprima os sentimentos. Deixe-se sentir toda a raiva e toda dor.
  • Depois: tome a decisão! Decida perdoar.
  • Finalmente: separe a pessoa da ofensa feita por ela. Mesmo após perdoada, se errou ela é responsável pelo erro e deverá pagar por ele.

Para a ciência e para a religião, pois, o ressentimento é um veneno para quem o sente e cultiva.
Portanto, para viver bem, é preciso saber perdoar, eliminando em si todo o sentimento de ódio.

Não é fácil, mas é possível.

Você já perdoou alguém?
Como se sentiu após dar o perdão?

Ah!, lembro-me de uma frase:
"O verdadeiro perdão é para o imperdoável."

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

A PEDRA NO MEIO DO CAMINHO

Meu saudoso pai sempre gostava de contar histórias. É impressionante como, até hoje, lembro-me dele e de suas narrativas. Freqüentemente, eu e meus irmãos e irmãs nos reuníamos para ouví-lo, quando aprendíamos muito.

Uma lembrança muito vívida é a história que narrarei a seguir, uma daquelas que o papai contava e repetia sempre que desejava dar-nos uma lição:

Há muitos e muitos anos, um rei muito sábio não poupava esforços para ensinar bons hábitos a seu povo. Freqüentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser trabalhador e cauteloso.
- Nada de bom pode vir a uma nação, dizia ele preocupadamente, cujo povo reclama e espera que outros resolvam seus problemas.

Certa noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava em frente ao palácio. Escondeu-se atrás de uma árvore a esperar o que aconteceria.
Logo surgiu um fazendeiro com uma carroça carregada de milho.
- Quem já viu tamanho descuido? Assim disse o fazendeiro, enquanto contornava o obstáculo. E mais:

Por que esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada? E continuou a reclamar da inutilidade dos outros. Mas, ele mesmo, nem tocou na pedra.

Mais tarde, um jovem soldado veio cantando pelo caminho. Uma espada reluzente pendia à sua cintura. Sonhava com a imensa coragem que demonstraria na guerra e em todas as honrarias que lhe seriam concedidas. O soldado não viu a pedra até que trombou nela.

Desembainhou a espada e enfureceu-se com os preguiçosos que haviam largado ali tamanho obstáculo.

Afastou-se rapidamente, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.

Assim foi durante o dia inteiro. Todos que por ali transitaram apenas reclamaram e resmungaram, sem que tomassem qualquer providência.

Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro por lá passou. Estava bastante cansada, pois desde cedo andara trabalhando no moinho. Ainda assim disse a si mesma:

- Está escurecendo, alguém pode bater nesta pedra e se ferir gravemente. Vou retirá-la do caminho.

Como a pedra era pesada, a moça precisou empurrar muito até conseguir removê-la.

Para sua surpresa, incrustada no chão debaixo da pedra encontrou uma pequena caixa.

Destampando-a, descobriu que a mesma estava cheia de ouro.

A filha do moleiro foi para casa com o coração feliz.

Quando o fazendeiro, o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido e acorreram ao local onde estivera a pedra, revolvendo o chão com os pés, na esperança de encontrar alguma pepita.

- Meus amigos, disse o rei surgindo de repente, com freqüência encontramos obstáculos e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos dele se assim o preferirmos, ou removê-los para melhorar a vida de todos. A decepção é normalmente o preço da preguiça.

Então o rei montou em seu cavalo. Delicadamente, disse “boa noite” e retirou-se em direção ao palácio.