Ontem e Hoje

A T E N Ç Ã O: ESTE BLOG É ESCRITO POR MIM, ISMAEL CIRILO, 87 ANOS. PODEM ME CHAMAR DE SOIÉ. (ONTEM E HOJE está sendo publicado na conta de meu filho Cláudio, por isso o perfil dele é que está aparecendo. Coisas do Blogger Beta!).

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Alguém que sempre quer saber mais: inquieto, crítico, curioso.

quinta-feira, agosto 11, 2005

BOIS NÃO VOAM, MAS HÁ VACAS QUE OLHAM PARA O CÉU

Os melhores churrascos que já saboreei foram os da Churrascaria “Boi na Brasa”, em Porto Alegre-RS (salvo engano, em Belo Horizonte há uma churrascaria com o mesmo nome). Conheci a “Boi na Brasa” quando eu e minha eterna namorada Aparecida estivemos excursão no Sul, juntamente com mais colegas da “Melhor Idade”.

Na capital gaúcha, depois de um vôo tranqüilo nas asas da “Varig”, desembarcamos no aeroporto Salgado Filho, onde nos aguardava um ônibus fretado pela empresa CVC Turismo, que nos conduziu ao hotel previamente reservado.

Os jantares eram, quase sempre, em Churrascarias, sempre acompanhados de bebidas “quentes”, saborosos vinhos de Bento Gonçalves, Gramado e até do vizinho país, Argentina.

Além de inúmeros pontos pitorescos, tanto da capital como da região metropolitana, visitamos algumas outras cidades mais distantes.

Como vivemos em Minas, região montanhosa ficamos impressionados com a quantidade de planícies, baixadas e mais baixadas a se perderem de vista.

Ao almoço ou jantar, o churrasco era sempre bem vindo, com carnes macias, apetitosas.

Eu dava preferência aos ligeiramente sanguinolentos ou “mal passados”, como se diz por aqui, mas não dispensava, também, aqueles outros bem tostados.

Em conversa com um churrasqueiro, ele me informou que não havia segredo para que a carne gaúcha fosse invariavelmente macia. Explicou: as pastagens são planas, não há subidas, as reses não fazem exercício algum subindo e descendo morro para pastar.

Um dia, levaram-nos próximo à fronteira com a Argentina e o guia da CVC solicitou-nos que prestássemos atenção ao gado no pasto. Utilizando-se daqueles microfones de ônibus turísticos, falou:

-Faltam poucos minutos para o meio dia, olhem todos para fora. Lá está uma grande criação de bovinos, numa paisagem típica desta região, os pampas.

E acrescentou:

- Todos os dias, às seis horas da manhã, ao meio dia e às seis horas da tarde, todas as vacas levantam a cabeça e olham para o céu.

Todos rimos, julgando ser uma brincadeira, provavelmente de cunho religioso. Alguém gritou:

- É por causa da hora do Ângelus, da Ave Maria!

A gargalhada foi geral. Mas...

Nesse instante, os relógios marcavam meio dia e como num passe de mágica, todas elas - as vacas - levantaram as cabeças e olhavam para o céu! Impressionante. Pois foi um silêncio geral, seguido de gritos de admiração.

Eu, agora, pergunto: Por que o fenômeno? Por que as vacas, nas pastagens próximas à fronteira com Argentina, olham para o céu?

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Nota 1: - Um neto, que está na faculdade, precisa da resposta com certa urgência, quem pode me ajudar?

Nota 2 – Sortearei uma caixa de bombons entre aqueles que informarem corretamente.

Aquele abraço do Soié.